O desafio de gerir uma crise não é novidade na carreira de Dorival Júnior. Caso aceite o desafio proposto pelo Flamengo, o treinador remontará a situações que chegou a vivenciar no início da carreira.
Apesar de ter começado o trabalho como técnico em 2003, no Figueirense, Dorival ganhou projeção em 2007, depois que levou o São Caetano à final do Campeonato Paulista e, na sequência, assumiu o comando do time do Cruzeiro.
Na Raposa, Dorival Júnior chegou em meio a um cenário de instabilidades dentro e fora de campo pós perda de título estadual para o maior rival, o Atlético-MG.
Mesmo sem a confiança de parte da torcida, principalmente pelo fato de não ter trabalhado em um clube de grife até então, ele teve respaldo da diretoria para afastar alguns medalhões – casos do lateral-direito Gabriel, do volante Ricardinho e do atacante Geovanni – e promover algumas apostas feitas pelo Cruzeiro, entre elas o volante Ramires.
No fim da competição, ele conseguiu colocar a Raposa entre os classificados para a Copa Santander Libertadores e montou a base do time que Adilson Batista herdou na temporada seguinte.
Três anos depois, Dorival Júnior voltaria a Minas Gerais, mais experiente, mas com o mesmo status de salvador. Desta vez, porém, para trabalhar no Atlético-MG.
No dia 25 de setembro, ele assumiu o time que Vanderlei Luxemburgo deixou na zona de rebaixamento da Série A do Brasileiro. Nos 13 primeiros compromissos, somou 24 pontos. Pouco mais de dois meses depois, em 28 de novembro, o Galo comandado por Dorival Júnior se livrou matematicamente da possibilidade de cair para a Série B.
Antes desse trabalho no Atlético-MG, o treinador teve a primeira passagem pelo Rio de Janeiro onde assumiu, de novo, o comando de um time em situação desfavorável.
Dorival foi a aposta de Rodrigo Caetano, até então diretor executivo do Vasco e homem de confiança de Roberto Dinamite, para levar o Vasco de volta à Série A.
Com uma campanha irretocável, Dorival obteve um aproveitamento de 74,7% naquela temporada e, com folga, conseguiu o acesso para a primeira divisão.
As circunstâncias nas quais trabalhou no Santos e no Internacional, outros dois clubes de referência no Brasil dirigidos pelo treinador, foram distintas. Nesses clubes, ele teve sob o comando grupos com jogadores tarimbados e conquistou títulos relevantes.
Fla soube de demissão antecipadamente
O Flamengo foi informado sobre a demissão de Dorival Júnior pelo Internacional antes mesmo de ela se tornar pública, mas o clube não procurou o técnico.
Zinho foi quem recebeu a notícia de que o técnico não continuaria no Colorado no fim da manhã de sexta-feira. Ele, porém, foi cauteloso e esperou pela confirmação que aconteceu ao longo da tarde.
Apesar disso, o dirigente avisou que aguardaria o resultado do jogo do Flamengo contra o Cruzeiro, no domingo, para avaliar a situação de Joel Santana. Zinho já sabia naquele momento que uma nova derrota deixaria a situação do treinador insustentável no Rubro-Negro.
No sábado, o ex-jogador Alexandre Gaúcho, ligado a Dorival Júnior, chegou a ligar para Zinho para se informar sobre quais eram os planos do clube relativos a treinador. As conversas com Dorival iniciaram, entretanto, só na segunda.
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