O confronto Brasil e Honduras não traz boas recordações ao torcedor brasileiro. Em duas ocasiões, no Pan-Americano de 1995, disputado em Mar del Plata, na Argentina, e na Copa América de 2001, na Colômbia, a Seleção acabou eliminada pelos rivais. Mas agora, 11 anos depois, o grupo comandado por Mano Menezes quer escrever uma história diferente, uma trajetória de vitórias. Neste sábado, às 13h (de Brasília), a equipe nacional vai encarar o adversário da América Central, no St. James Park, em Newcastle, em partida válida pelas quartas de final do torneio masculino de futebol das Olimpíadas.
E se para os brasileiros, a derrota naquela Copa América foi motivo de preocupação por conta da proximidade com a Copa do Mundo de 2002, para os hondurenhos o triunfo foi celebrado com festa no país. O jornalista Diego Paz, do principal site de notícias de Honduras, falou da importância daquela vitória.
- Fizemos uma enquete em nossa página na internet sobre qual vitória foi mais importante para o nosso país e aquele jogo ganhou do triunfo que obtivemos sobre a Espanha nessas Olimpíadas. Foi uma grande celebração em nosso país. Os jogadores retornaram como heróis – contou o repórter, que acompanhou o último treino da Seleção antes do duelo pelas quartas de final.
Naquela competição na Colômbia, Luiz Felipe Scolari estava apenas em seu quinto jogo como treinador da Seleção, que não conteve o ímpeto dos hondurenhos. No fim, derrota por 2 a 0, com gols de Saul Martinez, e adeus às chances de título. Vale lembrar que um ano depois, a equipe comandada por Felipão foi campeã do mundo na Coreia do Sul e no Japão.
- Aquele jogo foi uma história atípica. Nem sempre o melhor vence. O time de Honduras de hoje é bem melhor do aquele de 2001. Eles têm jogadores que atuam fora do país. Em qualquer fase da Seleção, o treinador é cobrado. Mas não vejo que a pressão de hoje seja a mesma daquela época. Acho que o Brasil está bem. Honduras não deve ser desrespeitada, mas temos que ir para cima deles – disse o ex-jogador Beletti, que participou daquele confronto.
Questionado sobre a decepção do povo brasileiro com a derrota de 2001, Mano Menezes afirmou que o tropeço doeu, mas que, logo em seguida, o time canarinho correspondeu com a conquista da Copa do Mundo. E foi justamente por conta disso que o comandante afirmou que o jogo não deve ganhar uma pressão psicológica maior do que já tem.
- Não vejo necessidade de colocar algo a mais na partida. É um confronto que vale vaga na semifinal. A Seleção está no tempo certo, não tem necessidade de criar uma ou outra situação. Não vou deixar que isso aconteça justamente para não atrapalhar o rendimento do grupo.
Mas antes da partida de 2001, na Colômbia, o Brasil já tinha caído ante os hondurenhos, no Pan-Americano de 1995. Naquela ocasião, a equipe foi derrotada nos pênaltis por 8 a 7 após empate por 0 a 0 no tempo normal. O treinador da seleção brasileira era Pupo Gimenez, que trabalha atualmente no São Paulo.
Mano não divulga equipe titular. Dúvida entre Pato e Damião
Mano preferiu não revelar a equipe titular. Assim como fez nos últimos jogos, o técnico só vai divulgar o time horas antes do início do confronto. A dúvida está em quem será o comandante do ataque. Alexandre Pato e Leandro Damião disputam uma vaga ao lado de Hulk e Neymar. A tendência é que o goleador colorado seja o titular diante dos hondurenhos.
Vale lembrar que, até aqui, Damião participou de duas partidas entre os titulares. O atacante marcou duas vezes e deu uma assistência. Pato iniciou um confronto na equipe principal e também correspondeu com gols. O artilheiro do Milan balançou a rede na vitória por 3 a 1 sobre a Bielorrússia, em Manchester.
- Se constroem trajetórias e trajetórias. Essa primeira fase foi segura. Então não tenho que fazer tantas alterações na condução dessa próxima partida. Temos que seguir na mesma linha. Os momentos bons são propícios para construir uma equipe forte. Estamos crescendo e o entendimento do jogo está ficando mais sólido. Todos estão participando com comprometimento.
Com isso, a tendência é que o Brasil entre em campo com a seguinte formação: Neto, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião. Vale lembrar que na véspera do confronto, o time canarinho treinou cobranças de pênaltis e teve aproveitamento de 73%.
Formação da safra atual de Honduras começou em 2007
A equipe sub-23 de Honduras que surpreendeu a favorita Espanha no Grupo D das Olimpíadas não foi formada da noite para o dia. Alguns atletas do grupo comandado por Luís Suarez atuaram juntos nas categorias de base da equipe nacional. Tudo começou em 2007, no Mundial sub-17, disputado na Coreia do Sul.
Naquela ocasião, o time contava com cinco atletas que hoje estão nos Jogos Olímpicos. Na competição, conquistada pela Nigéria, Honduras foi eliminada na primeira fase sem uma vitória sequer.
Dois anos depois, no Mundial sub-20, mais uma experiência com o grupo. Desta vez, sete atletas que estão na Inglaterra participaram da competição no Egito. O time foi eliminado mais uma vez. Porém, com uma vitória.
- Essa seleção tem sido preparada há muito tempo. Grande parte jogou junto durante dois mundiais seguidos nas categorias de base – explicou Enrique Lança, do Diário El Tiempo.
Mas o grande nome de Honduras no torneio é o atacante Jerry Bengtson, que atua na Major League Soccer. Em três partidas, o atacante marcou três vezes.
Neto, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Leandro Damião (Alexandre Pato) | Mendoza, Crisanto, Figueroa, Velasquez e Leveron; Najar, Garrido, Mejia e Martinez; Bengtson e Lozano. |
Técnico: Mano Menezes | Técnico: Luís Suarez |
Local: St. James Park, em Newcastle (Inglaterra) | |
Árbitro: Felix Brych (Alemanha) Auxiliares: Mark Borsch (Alemanha) e Stefan Lupp (Alemanha) |
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