Após um mês e meio de crise política e financeira cada vez mais deflagrada no Vasco, o presidente Roberto Dinamite se pronunciou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na sala multimídia de São Januário. Por cerca de uma hora e meia, esclareceu questões que foram da venda de jogadores titulares - Fagner, Romulo e Diego Souza no meio da temporada - ao novo CT dos profissionais, que iniciará as obras no início de 2013. Além disso, o mandatário confirmou que acumulará a vice-presidência de futebol até o fim deste ano, esperando a recuperação da saúde de Ercolino Jorge de Lucca, que só pode assumir em doisa meses. E indicou que Daniel Freitas não permanecerá como diretor executivo.
Não houve informações concretas a respeito do futuro cruz-maltino. Dinamite se defendeu, exibiu documentos relativos a diversos assuntos e pediu compreensão à imprensa - criticada em determinados momentos pela veiculação de notícias negativas e, segundo ele, inverídicas - e aos torcedores vascaínos, ressaltando as dificuldades enfrentadas por penhoras e bloqueios de dinheiro por causa de dívidas antigas e também contraídas na gestão atual. Aliás, trabalhar este item junto ao departamento jurídico foi a única saída considerada em suas palavras para evitar que o clube entre num buraco ainda maior.
O time dirigido por Marcelo Oliveira perdeu as últimas cinco partidas no Campeonato Brasileiro, está praticamente fora da disputa por uma vaga na Libertadores e estendeu a crise para o campo. O presidente disse, no entanto, que a questão de salários atrasados é até normal desde a sua época de atleta no Vasco, embora admita que não esteja correta.
- Com esse mesmo grupo, o salário já esteve mais atrasado e tudo deu certo. É isso que precisamos mentalizar e inverter, porque temos 15 pontos para jogar ainda. Vamos buscar as vitórias, teve equipes que ficaram nessa situação e se recuperaram. Vivi como atleta por 20 anos aqui e nunca recebi meu salário em dia. Está errado? Claro, temos que cumprir nossas obrigações. Mas hoje é um atraso de um mês, que muitos clubes também têm. Quem milita no futebol sabe bem disso - argumentou Dinamite.
O presidente ainda afastou qualquer possibilidade de renunciar ao cargo, debochando das especulações, e também negou uma suposta aproximação com o ex-mandatário Eurico Miranda, com quem costurou um acordo para que o balanço de 2011 tivesse mais 60 dias para ser revisto e apresentado novamente ao conselho deliberativo. Ele se recordou do episódio de 2006 em que foi expulso da tribuna do estádio por ordem de seu opositor e disse que não gostaria de reviver a situação.
- Nada disso existe, vou estar sempre aqui junto com quem realmente gosta do Vasco e o respeita. Vamos proporcionar dias melhores ao torcedor e voltar a ter conquistas.
Vendas de Fagner, Romulo e Diego Souza
- O Diego veio para o Vasco em uma situação em que adquirimos 33% do jogador, e tínhamos o direito de exercer mais 20% dentro do contrato. Pagamos € 1,2 milhão (cerca de R$ 3,2 milhões) para isso. Recebemos, então, uma proposta no período proximo à janela (de transferências), conversei com o jogador e pessoas envolvidas na negociação, falando da importância que ele tinha para o Vasco. Mas havia a realização dele como pessoa, porque era muito dinheiro na oferta. Num primeiro momento, não fizemos a operação, mas depois o jogador optou por sair do Vasco. Eu falei para o Diego, para os envolvidos, que a saída não era boa para o Vasco. Mas o presidente tem um limite até onde pode chegar. A permanência é importante quando ele (jogador) pensa da mesma forma. O exemplo é o Dedé. Só está no Vasco até hoje porque quer estar no Vasco. E a situação (de Diego Souza) quanto ao não pagamento (de parcelas que somam quase R$ 5 milhões) é essa: houve um encaminhamento à Fifa, que já foi notificada e temos até o dia 8 de novembro para ter uma palavra final com relação ao Diego (Dinamite, então, ergue um documento enviado pela entidade máxima do futebol). Já o Fagner veio por intermédio de seu empresário, Carlos Leite. Os 20% que o Vasco tinha foram quase dados. Ele teve contusões, mas se firmou como um jogador importante dentro do Vasco. E optou por se transferir porque financeiramente seria bom. Tentamos convencer a permanecer, mas não foi possível. O contrato estava perto do fim, não foi uma escolha da diretoria. Já o Romulo teve uma proposta muito boa para o Vasco (R$ 10 milhões) e para ele. Detínhamos 50%: 25% eram do Porto-PE e 25% dos dois agentes que tinham participação sobre o jogador. Foram (os recursos arrecadados) investidos nos pagamentos e compromissos diários que o Vasco tem. No aspecto técnico, foi ruim, sim, e no financeiro, no caso do Diego, não somou nada porque está aí até agora.
- O Diego veio para o Vasco em uma situação em que adquirimos 33% do jogador, e tínhamos o direito de exercer mais 20% dentro do contrato. Pagamos € 1,2 milhão (cerca de R$ 3,2 milhões) para isso. Recebemos, então, uma proposta no período proximo à janela (de transferências), conversei com o jogador e pessoas envolvidas na negociação, falando da importância que ele tinha para o Vasco. Mas havia a realização dele como pessoa, porque era muito dinheiro na oferta. Num primeiro momento, não fizemos a operação, mas depois o jogador optou por sair do Vasco. Eu falei para o Diego, para os envolvidos, que a saída não era boa para o Vasco. Mas o presidente tem um limite até onde pode chegar. A permanência é importante quando ele (jogador) pensa da mesma forma. O exemplo é o Dedé. Só está no Vasco até hoje porque quer estar no Vasco. E a situação (de Diego Souza) quanto ao não pagamento (de parcelas que somam quase R$ 5 milhões) é essa: houve um encaminhamento à Fifa, que já foi notificada e temos até o dia 8 de novembro para ter uma palavra final com relação ao Diego (Dinamite, então, ergue um documento enviado pela entidade máxima do futebol). Já o Fagner veio por intermédio de seu empresário, Carlos Leite. Os 20% que o Vasco tinha foram quase dados. Ele teve contusões, mas se firmou como um jogador importante dentro do Vasco. E optou por se transferir porque financeiramente seria bom. Tentamos convencer a permanecer, mas não foi possível. O contrato estava perto do fim, não foi uma escolha da diretoria. Já o Romulo teve uma proposta muito boa para o Vasco (R$ 10 milhões) e para ele. Detínhamos 50%: 25% eram do Porto-PE e 25% dos dois agentes que tinham participação sobre o jogador. Foram (os recursos arrecadados) investidos nos pagamentos e compromissos diários que o Vasco tem. No aspecto técnico, foi ruim, sim, e no financeiro, no caso do Diego, não somou nada porque está aí até agora.
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