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Real empata com City, elimina ingleses e avança em segundo lugar


Empate em Manchester, alegria em Dortmund. Em jogo que em nada lembrou o 3 a 2 eletrizante do primeiro turno, City e Real Madrid ficaram no 1 a 1 nesta quarta, no City of Manchester Stadium, em resultado que não agradoua a ninguém. Menos mal para os espanhóis, que se garantiram nas oitavas de final, apesar de não terem mais chance de alcançar a liderança. Os milionários ingleses, porém, mais uma vez caíram na primeira fase, assim como na temporada passada. Benzema marcou para os merengues, enquanto Agüero, em pênalti duvidoso, empatou na etapa final

O Real Madrid, em ritmo de treino, não contou com uma noite inspirada de Cristiano Ronaldo – seu ídolo maior. Perseguido desde o primeiro toque na bola pelos torcedores do City – ressentidos pelo longo período em que o português defendeu o rival United -, o camisa 7 não brilhou, assim como todo o time merengue. O pontinho em Manchester, porém, foi o suficiente para selar a classificação dos espanhóis para as oitavas de final. Com oito pontos, o time de Jose Mourinho não pode mais ser alcançado por Ajax (4), e Manchester City (3). No entanto, também não permite os que espanhóis almejem a primeira colocação, já que o Borussia, com goleada por 4 a 0 sobre o Ajax, em Amsterdã, garantiu a "título simbólico" do Grupo D - chamado de "Grupo da Morte" - com 11 pontos.
Cristiano Ronaldo do Real Madrid e Maicon do Manchester City (Foto: AFP)
Para o Manchester City, não é novidade ser eliminado na fase de grupos da Liga dos Campeões. Na edição passada, os citizens deixaram a competição precocemente. No entanto, em 2012, o adeus foi mais doloroso. Campeão inglês e com um elenco recheado de estrelas, a equipe azul de Manchester, com uma rodada de antecedência e apenas três pontos em cinco jogos, sai da Champions de cabeça baixa, de forma melancólica.
Com apenas três pontos, o ManCity está na lanterna, e briga com o Ajax, que tem quatro, na última rodada, pela vaga na Liga Europa. Na última rodada, dia 4, o Real recebe os holandeses, no Santiago Bernabeu, enquanto o City viaja até a Alemanha para encarar o impressionante Borussia e a geral do Signal Iduna Park.

Benzema abre o placar em jogo com ritmo de treino
Esqueçam toda correria e emoção da primeira rodada. Manchester City e Real Madrid fizeram uma partida, morna e, até certo ponto chata, nos 45 minutos iniciais no City of Manchester Stadium. Praticamente eliminado, os Citizens até contaram com o apoio do torcedor, que lotou as arquibancadas, mas somente em corpo presente. Desanimado, o público parecia mais preocupado em vaiar Cristiano Ronaldo do que em apoiar seu time. Com isso, os merengues jogavam à vontade, sem pressão e faziam valer a superioridade técnica.
Benzema Manchester City e Real Madrid (Foto: Agência Reuters)
Com apenas 15 minutos, os espanhóis já tinham concluído sete vezes ao gol de Joe Hart, enquanto os donos da casa sequer tinham assustado Casillas. Numa dessas tentativas, Benzema abriu o placar com imensa facilidade. Aos nove, após desperdiçar bom passe de CR7, Di Maria se recuperou na mesma jogada e cruzou da direita no segundo pau. Maicon vacilou na marcação e o francês apenas escorou na pequena área: 1 a 0 
 Apupado, Cristiano Ronaldo parecia menos agressivo do que de costume, mas ainda assim criava boas jogadas. Em três oportunidades, pela esquerda, o português entortou Kompany e tocou para Khedira desperdiçar boas oportunidades. Minutos depois, foi o próprio atacante que perdeu chance incrível frente a frente com Hart.
Após receber bom lançamento, CR7 tocou por cima de Hart e apenas esperou a bola cruzar a linha. Zabaleta não desistiu da jogada e evitou o gol. No rebote, a bola voltou para o português, que driblou o goleiro, mas acertou a zaga. Enquanto o Real dominava sem fazer força, o City se mostrava apático e seguia sem assustar.
Em rara manifestação do torcedor, que ensaiou um “Come on City” (Vamos, City), Agüero arriscou com perigo de fora da área para defesa segura de Casillas. E assim seguiu a partida até a descida para o intervalo: os espanhóis administrando a vantagem e desperdiçando oportunidades, e os ingleses passivos diante da iminente eliminação precoce.
City se manda para o tudo ou nada
Até então inofensivo, o ManCity voltou para o segundo tempo disposto a não poupar esforços por um suspiro final na Liga dos Campeões. A maior disposição em atacar foi suficiente para mudar o panorama da partida. Com Javi Garcia no lugar de Kolarov, os ingleses passaram a atuar no 4-4-2 e pressionaram o sonolento Real.
Com apenas cinco minutos, já eram três boas chances, com a melhor delas desperdiçada por Agüero após bom passe de David Silva. O argentino não dominou bem e facilitou a ação de Casillas. O relógio ainda marcava 18 minutos quando o genro de Maradona perdeu mais uma boa chance, dessa vez incrível. Maicon cruzou forte da direita, a bola desviou em Modric e sobrou pra Kun livre, na pequena área. De primeira, ele escorou e acertou mais uma vez Casillas.
Toure e Di Maria, Manchester City e Real Madrid (Foto: Agência Reuters)Toure e Di Maria disputam bola: jogo foi morno, principalmente no 2º tempo (Foto: Agência Reuters)
Acuado, o Real parecia depender de Cristiano e, aos 20, ele, enfim , apareceu com um bom chute de fora da área. No rebote, o craque pediu pênalti após choque com Kompany, mas não foi atendido. Diante das reclamações, a torcida azul não perdoou e provocou: “O craque é o Messi, não é tão bom quanto o Messi”.
Aos poucos, o Real começava a equilibrar as ações na base do toque de bola no meio-campo. Em uma escapulida de Agüero, pela esquerda, entretanto, o City chegou ao empate. Após choque com Arbeloa, o argentino caiu na área e o árbitro marcou pênalti bastante duvidoso. Arbeloa foi expulso na jogada e o próprio Kun deslocou Casillas para igualar o placar.
Com um a menos, Mourinho trocou Benzema por Varane, e o Real se trancou para evitar um revés que no começo da partida parecia impossível. Sem força e afobado, o City também não impôs muito perigo e o 1 a 1 permaneceu até o apito final. Não tão bom para o Real, mas muito pior para o City, que terá que esperar mais um ano para tentar brilhar na Europa.

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