Danrlei sempre foi daqueles jogadores inquietos. Ficar parado nunca foi a sua praia. Seja saltando em busca da bola impossível ou gesticulando contra rivais e árbitros intransigentes, o ex-goleiro improvisava à sua maneira para ajudar o Grêmio em campo. Não é que, agora, vê-lo estático o deixou orgulhoso, num sorriso de orelha e orelha? É que o hoje deputado federal foi um dos homenageados pelo clube nos dois painéis instalados no túnel do vestiário que dá acesso ao gramado da Arena.
O ex-goleiro conheceu a obra do artista plástico Juliano Lopes na quinta-feira, em visita ao novo estádio do Grêmio ao lado do presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini. Sorridente, posou para fotos à vontade, sempre apontando o dedo indicador para o seu desenho, trajado com o uniforme com o qual venceu a Libertadores de 1995.
- Muito feliz, o painel é maravilhoso e fazer parte da história e ainda ficar eternizado na nossa Arena é mais um sonho realizado. Agradeço a Deus todos os dias - afirma o entusiasmado Danrlei, com Deus até no sobrenome, morador do Olímpico dos 14 aos 20 anos e titular do Grêmio por uma década.
Cada placa tem 2 metros de altura e 8 metros de largura e servirão de inspiração para os atuais jogadores nas partidas que se seguirão na Arena. Num dos painéis, estão expostas as histórias dos três estádios do Grêmio por meio dos ídolos de cada casa. No espaço da Baixada, se destacam as figuras de Eurico Lara, Luiz Carvalho, Foguinho e Gessy.
Indo rumo à 'Era Olímpico', surge, em maior relevo, o desenho de Renato Gaúcho, usando o seu pé esquerdo para dar ao Grêmio o título Mundial de 1983 - a taça também aparece na tela. Airton Pavilhão, Everaldo, Mazaropi, Alcindo, Baltazar, André Catimba, Hugo De León, Danrlei, Jardel e Dinho também são lembrados. Sobrou espaço para os dirigentes. Primeiro, os presidentes Saurnino Vanzeloti, responsável pela construção do Olímpico, e Hélio Dourado, mentor da ampliação. Fábio Koff, presidente campeão do mundo e bi da Libertadores e eleito novamente, igualmente foi homangeado. A Geral recebeu generoso espaço.
O outro mural é recheado de taças e capitães que as ergueram aos céus. Novamente, portanto, aparece Hugo De León, acompanhado de Adilson, Dinho, Edinho... Luiz Felipe Scolari foi retratado em momento de intensa euforia. Lances históricos também são dignos de pinceladas: o mergulho de Cesar, em 1983, a desabafo de Ailton, em 1996, e a defesa de Galatto nos Aflitos são destaques.
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