'Média de Messi' e bom custo-benefício: como Ibrahimovic virou o Rei de Paris em cinco meses

‘Com certeza sabem quem sou’.

No dia 18 de julho de 2012, Zlatan Ibrahimovic concedia sua primeira entrevista como jogador do Paris Saint-Germain. Principal estrela de um pacote que ainda incluiu, entre outros, Thiago Silva e Ezequiel Lavezzi, o sueco dizia que não conhecia muito sobre o Campeonato Francês e seus jogadores, mas acreditava que todos sabiam quem ele era. Mas, se já sabiam, os adversários ainda não descobriram como parar o polêmico e experiente centroavante de 31 anos.

Cinco meses após desembarcar na capital francesa, Ibra já se mostra plenamente adaptado ao futebol local. É artilheiro disparado da Ligue One, titularíssimo no time comandado por Carlo Ancelotti e mostrou que o grupo dos Emirados Árabes que comprou o PSG fez um excelente negócio ao comprá-lo junto ao Milan. Segundo o site Transfrmarkt, especializado em mercado do futebol, a transferência custou aos cofres parisienses cerca de 18,45 milhões de euros (cerca de R$ 50,6 milhões).

E todo esse dinheiro gasto parece funcionar de acordo com as expectativas. Passadas 19 rodadas na Ligue One, Ibrahimovic não só é o artilheiro do certame como ainda sustenta uma média poucas vezes vista na liga francesa. Ele, que participou de 16 jogos no primeiro turno, já balançou as redes 18 vezes e tem uma média de 1,13 gol/partida. Nos grandes campeonatos da Europa, só fica atrás de Messi no quesito – o argentino tem média de 1,53 gol/partida.

O tamanho do feito do sueco só é percebido quando se olha as artilharias dos anos anteriores. Em 2011-2012, por exemplo, o brasileiro Nenê, companheiro de Ibra no PSG, e o francês Olivier Giroud, então no Montpellier e hoje no Arsenal, foram os artilheiros do campeonato com 21 gols – número do qual Ibrahimovic está perto de igualar já na metade da competição.

Caso participe dos 19 jogos restantes na liga e mantenha a média que apresenta atualmente, o sueco irá marcar mais 21 gols. Assim, ele finalizaria a temporada na França com 40 gols, número alcançado somente uma vez na história no torneio: em 1971, o ex-atacante iuguslavo Josip Skoblar encerrou o ano com 44 gols jogando pelo Olympique de Marselha.

E, em tempos que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo superam com facilidade a barreira dos 30 gols na Espanha, em território francês as três dezenas na tabela de artilheiros não são alcançadas desde a temporada 89/90, quando Jean Pierre Papin conseguiu os 30 tentos.