O Corinthians utilizou 32 jogadores ao longo do Campeonato Paulista. De nomes mais jovens, como o zagueiro Yago e o atacante Paulo Victor, até os mais baladados, como Alexandre Pato e Paolo Guerrero, o técnico Tite procurou diversificar sua equipe e o esquema tático. As variadas opções, especialmente no setor ofensivo, fizeram o treinador comemorar com uma exagerada, mas simbólica afirmação.
Defensor da teoria de que entra em campo quem tiver melhor desempenho nos treinamentos e nos jogos – independentemente de qualquer fator externo, como fama ou valor do contrato – o comandante assegurou não ter uma formação principal fixa em sua mente para o Corinthians. Na visão de Tite, o Timão hoje não conta somente com 11 titulares, mas com um número bem superior de jogadores em condições de ocupar tais postos.
– Eu tenho 30 titulares. Não é sacanagem. Não tenho preferência se joga o Emerson ou o Jorge Henrique. É complicado ver jogadores como Chicão e Douglas, que estiveram no título mundial, fora do time, mas vivemos de momento. É muito difícil para o técnico – analisou.
Os principais exemplos utilizados por Tite para ilustrar sua teoria foram as saídas de Chicão e Jorge Henrique da equipe que conquistou o Mundial de Clubes em dezembro do ano passado, vencendo o Chelsea por 1 a 0. Enquanto o zagueiro foi submetido a uma artroscopia e perdeu espaço para Gil, que entrou bem na equipe e ganhou a vaga entre os titulares, o meia-atacante deu espaço a Renato Augusto, outro reforço para 2013 que demonstrou bom futebol.
O próprio Renato, após se tornar um dos maiores destaques corintianos na Taça Libertadores da América, sofreu uma lesão muscular na coxa direita e teve de parar por mais de um mês – o meia segue em recuperação com os fisioterapeutas do clube. Atualmente, Danilo e Romarinho compõem o meio-campo, apoiados por Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Contratado por R$ 40 milhões, Alexandre Pato tem sido opção no banco de reservas.
– Trabalhamos formas alternativas com os jogadores, como foi no último jogo (vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Sorocaba). É preciso ter esse dinamismo. Se um jogador sai, outro entra bem. Esse é o jogo. Quem está fora tem de aguardar por um melhor momento – completou.
O caso no gol alvinegro é o mesmo. Na ausência de Cássio, prejudicado por uma série de lesões neste início de temporada, Danilo Fernandes ganhou mais chances que Julio Cesar. Neste domingo, contra a Ponte Preta, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, Danilo fará seu primeiro jogo de mata-mata da carreira. O desejo de Tite é apenas um: que Julio siga trabalhando para “incomodar” o concorrente pela posição.
– Espero que o Julio coloque pressão em quem está jogando. O atleta não ganha a vaga dando entrevista, deixando pontinhos no ar, mas sim fazendo exatamente o que ele faz: trabalhando.
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