Um dia o Atlético-MG vai perder no Independência. Um dia... Mas esse dia ainda não chegou e parece longe de chegar. O Galo encontrou no Horto seu refúgio, seu porto seguro, estádio de onde emana energia inexplicável que o torna mais forte e mais vingador. E quem caiu lá desta vez foi o São Paulo. Caiu no Morumbi, na verdade, quando perdeu um jogo que tinha sob domínio. Não conseguiu se levantar e foi massacrado com uma goleada de 4 a 1. Fora o show alvinegro sob o comando de Ronaldinho, que tirou os adversários para dançar com um repertório de dribles desconcertantes.
Como se fosse Usain Bolt contra uma tartaruga, o Atlético-MG ignorou a existência do São Paulo. A vitória atleticana (6 a 2 na soma dos jogos) confirma a campanha avassaladora, a invencibilidade de 33 jogos em seu doce lar e o favoritismo nas quartas de final, seja contra Palmeiras, seja contra Tijuana. O rival será conhecido no próximo dia 14. O Verdão precisa de uma vitória no Pacaembu para ser mais um paulista entre o sonho do Galo e a taça da Libertadores. Sonho mais do que real.
São sete vitórias em oito jogos. Números que passam pela segurança de Victor e dos gigantes Réver e Leonardo Silva, substituído por Gilberto Silva neste jogo; o equilíbrio de Marcos Rocha e Richarlyson; a marcação ferrenha de Pierre e Leandro Donizete; o talento de Ronaldinho, Bernard, Jô e Diego Tardelli. Pelo trabalho de Cuca, que também superou o trauma pessoal de ser favorito, ter sempre tudo nas mãos, mas morrer na praia. Mais um massacre marcado por inspiração e transpiração, receita infalível de sucesso.
O São Paulo está eliminado - com sua pior derrota na história da Libertadores. Paga pela demora de seu técnico em encontrar a melhor formação, pela ineficiência da diretoria em achar um substituto para Lucas, por atitudes intempestivas de alguns de seus jogadores mais experientes, como Luis Fabiano e Lúcio, e até por certa dose de azar na fase de grupos. E mesmo com tudo isso, tem bom time e pode ser protagonista no Campeonato Brasileiro. Tempo para se preparar é o que não falta. O Tricolor só voltará a campo no dia 26 de maio, contra a Ponte Preta, em Campinas, já pela competição nacional.
Já o Galo terá o tradicional duelo com o Cruzeiro pela final do Campeonato Mineiro. Neste domingo, às 16h (de Brasília), no Independência, o primeiro jogo. Na semana seguinte, assistirá de camarote ao embate entre Palmeiras e Tijuana. Contra qualquer adversário, por ter a melhor campanha, fará o primeiro jogo das quartas de final fora de casa para decidir em seu alçapão.
0 comentários:
Postar um comentário