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VICTOR PEGA PÊNALTI AOS 47 DA ETAPA FINAL, E ATLÉTICO-MG ESTÁ NA SEMIFINAL

A torcida do Atlético-MG prometeu e cumpriu. Nesta quinta-feira, pela partida de volta das quartas de final da Taça Libertadores, o que não faltou foi apoio. Nas cadeiras do Independência, milhares de vozes empurraram o Galo para as semifinais da competição internacional. Mas não foi fácil. O time mineiro sofreu muito e, com requintes de crueldade, deixaram os torcedores com o coração na boca. Victor fez milagres durante a partida e, aos 48 minutos do segundo tempo, defendeu um pênalti de Riascos. Foi incrível. O goleiro saiu do estádio Independência como um herói. No fim, o empate em 1 a 1 garantiu o time mineiro na próxima fase, já que o 2 a 2, no México, favoreceu o Atlético-MG, por conta dos dois gols marcados na casa do adversário. Nesta quinta, Riascos marcou para o Tijuana, e Réver empatou para o Galo.
O Tijuana, do México, não se assustou com o barulho, muito menos com as "máscaras da morte", fantasias usadas pelos atleticanos para materializar o bordão "Caiu no Horto, tá morto", cantado desde a reinauguração do estádio, em 2012.
Rever e Ronaldinho gol Tijuana x Atletico-MG (Foto: EFE)Réver comemora o gol com Ronaldinho Gaúcho (Foto: EFE)
O jogo foi dramático. Até o fim da partida, o Tijuana levou muito perigo ao gol do Atlético-MG. Foram inúmeras as chances e, em alguns momentos, Victor teve de fazer verdadeiros milagres para evitar que os mexicanos pulassem novamente à frente no placar. Quando não deu para o goleiro, a trave salvou, como na cobrança de falta de Arce. Muito bem marcado, Ronaldinho Gaúcho se destacou apenas em lances de bolas paradas. Foi assim que saiu o gol do Galo, em uma cobrança de falta perfeita.
Com o gol marcado diante do Tijuana, Réver se igualou a Luizinho, o craque que brilhou no Galo nos anos 1980, como o zagueiro que mais fez gols na história do Atlético-MG. Foi o 21º gol com a camisa alvinegra. Somente na atual temporada, foram sete gols, cinco pelo Campeonato Mineiro e dois pela Libertadores. Após o gol, Réver comemorou com a bola dentro da camisa, simulando uma gravidez, já que a mulher espera o segundo filho do casal.

Agora, o Atlético-MG voltará a campo, pela Libertadores, apenas no dia 3 de julho, após o encerramento da Copa das Confederações. A primeira partida das semifinais, contra o Newell's Old Boys, da Argentina, será fora de casa, em Rosário. Antes disso, o Galo volta o foco para o Campeonato Brasileiro. Pela terceira rodada da competição, o time enfrentará o São Paulo, neste domingo, às 18h30m (de Brasília), novamente no Independência.O Atlético-MG acumulou 35 jogos seguidos sem perder no Independência. Neste período, foram 27 vitórias e oito empates. Além disso, já são 49 partidas sem perder como mandante, seja no estádio do Horto, no Mineirão ou na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Pressão mexicana
Quem esperava o Tijuana recuado, espremido pela pressão do Atlético-MG, no início do jogo, viu algo completamente diferente. Logo aos 13 segundos, os mexicanos tiveram a primeira chance, com Riascos. Nervosos, os jogadores alvinegros tinham muitas dificuldades. Aos 14 minutos, um grande susto. Após uma cobrança de falta da intermediária, a bola parou nas redes de Victor, mas o auxiliar marcou o impedimento de Gandolfi.
Os mexicanos seguiram melhores e, aos 25 minutos, abriu o marcador. No ataque do Galo, Ronaldinho Gaúcho tentou cavar uma falta e perdeu a bola. No contra-ataque, Nuñez chegou pela direita, passou por Réver e fez um cruzamento perfeito, no pé de Riascos, que emendou de primeira.
O jogo seguiu pegado e, em determinados momentos, violento. Bernard e Gandolfi se estranharam, após uma entrada dura do meia atleticano, que deixou marcas na canela do adversário. Mesmo sem vantagem técnica, na raça e na vontade, o Galo empatou, aos 40 minutos. Após cobrança de falta de Ronaldinho, a bola foi no pé de Réver, que, no susto, tocou para o fundo do gol de Saucedo.
Pressão mexicana
O Tijuana voltou alterado para o segundo tempo. O técnico Antonio Mohamed tirou um volante e colocou Fidel Martínez em campo, na intenção de dar mais força ao ataque mexicano. Porém, não funcionou muito. O Atlético-MG, diferentemente da primeira etapa, esteve um pouco melhor postado e, embora sem ter a melhor das atuações, deu menos espaços ao adversário.
Bernard, mais uma vez, não atuou bem. Tanto que Cuca colocou Luan em campo. Mas quem chegou com perigo foi o Tijuana, aos 24 minutos. Réver e Richarlyson trombaram, a bola sobrou para Martínez. O equatoriano tocou para trás, e Piceno ficou cara a cara com Victor, que teve de fazer um verdadeiro milagre para evitar o segundo gol dos mexicanos. Arce, em cobrança de falta, ainda acertou o travessão.
No último lance da partida, Leonardo Silva cometeu pênalti em Aguillar. Riascos foi para a cobrança e, se marcasse, garantira a classificação ao Tijuana. Victor, com os pés, mostrou que é um dos melhores do Brasil. O goleiro defendeu, para delírio da torcida do Galo, e garantiu a vaga na Libertadores. Por reclamação, Réver foi expulso após o fim da partida.

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