Em busca de arrumar a casa e começar a colocar as contas em dia, representantes da direção do Bahia estiveram na última terça-feira no Pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TR), no bairro de Nazaré, em Salvador, para renegociar o pagamento das dívidas trabalhistas do clube. Durante a audiência, ficou acordado que o Tricolor deverá pagar seis parcelas de R$ 180 mil, totalizando R$ 1,080 milhão para finalizar processos que tramitam na Justiça do Trabalho.
A decisão prossegue com um acordo global firmado há dois anos perante o Juízo de Conciliação de 2ª Instância do TRT da Bahia. A audiência, realizada na última terça-feira, foi conduzida pela juíza Débora Rêgo, que ficou satisfeita com o desfecho da negociação e diz que levou em conta o frágil estado econômico do Tricolor.
- Acredito que o prazo é razoável para que o clube reorganize suas finanças e possa oferecer à Justiça, após esse período, aportes maiores para a quitação da dívida – disse a juíza.
As parcelas serão depositadas em uma conta que ficará à disposição do Juízo de Conciliação. Serão acrescidos ainda 7,5% sobre as receitas provenientes de novos negócios do clube, como prêmios, patrocínios, competições, e negociações de direitos econômicos, envolvendo ou não o passe ou a transferência de atletas.
Preferencialmente, serão pagos, até o limite de R$ 30 mil, os processos cujos credores são idosos, gestantes, pessoas com deficiência ou acometidos de doenças graves. A audiência também designou uma comissão de credores composta pelos advogados André Silva Leahy e Alan Belaciano para acompanhar as próximas negociações envolvendo as causas trabalhistas do Bahia.
Segundo o relatório da auditoria realizada no Esquadrão durante o período de intervenção, o clube possui mais de R$ 5 milhões em dívidas trabalhistas junto ao TRT. No entanto, o valor por ser muito maior, já que a Performance, empresa responsável pela devassa nas contas do Tricolor, afirma no documento que existem outras ações trabalhistas em curso contra a entidade que não puderam ser localizadas por falta de ‘posicionamento’ de advogados da agremiação.
No relatório, consta que o Bahia firmou um acordo com o TRT baiano no dia 6 de setembro de 2011 para suspender penhoras de valores nas contas do clube mediante o pagamento parcelado de dívidas trabalhistas. De outubro de 2011 até maio de 2012, o Tricolor pagou parcelas mensais de R$ 125 mil. De junho de 2012 até setembro de 2013, a quantia mínima paga ao mês foi de R$ 150 mil.
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