O Tottenham conseguiu neste sábado um feito que a geração de torcedores com menos de 23 anos ainda não tinha visto: vencer o Manchester United no Old Trafford. Desde 1989 que os Spurs não conseguiam superar o rival fora de casa. A quebra da escrita negativa aconteceu de forma dramática: com uma vitória por 3 a 2, em duelo válido pela 6ª rodada do Campeonato Inglês. Com o resultado, os londrinos chegaram a 11 pontos, subindo para a quinta posição. Os Diabos Vermelhos seguem na terceira colocação.
Jogadores do United como o lateral brasileiro Rafael, o goleiro De Gea, o atacante Welbeck e o zagueiro Phill Jones ainda não eram nascidos quando o Tottenham havia vencido no Teatro dos Sonhos pela ultima vez. Um gol no primeiro minuto obrigou o Manchester a mudar sua postura, o que teve forte influência na partida. Vendo que os Spurs não deixariam a vitória escapar, o técnico Alex Ferguson colocou Rooney no segundo tempo, o jogo melhorou e os donos da casa por pouco não conseguiram o empate.
Luz na passarela que lá vão eles
Em um primeiro tempo morno, o Tottenham teve a sorte de abrir o placar no primeiro minuto, o que desestabilizou o United, que pretendia ir com tudo para o ataque. Vertonghen avançou da intermediária, não encontrou obstáculo e chutou na entrada da área, contando com uma ajuda da defesa, que desviou a bola e enganou o goleiro.
O Manchester mantinha a posse de bola, mas não traduzia a superioridade em chutes a gol. Já os Spurs, nas poucas oportunidades em que tentaram alguma coisa, foram felizes. Como aos sete minutos, quando Dempsey quase fez o segundo em chute de fora da área. A melhor tentativa dos Diabos Vermelhos quase custou caro ao time. Van Persie tentou um chute forte, mas sofreu um duro choque de Gallas, que chegou atrasado ao tentar impedir o arremate.
Em jogada semelhante à do primeiro gol, Bale ampliou. Como se estivesse desfilando em uma passarela, o galês carregou a bola do círculo central até a área com velocidade e liberdade e chutou cruzado. Um belo gol.
Rooney entra, e jogo ferve
O técnico Alex Ferguson teve que arriscar e foi obrigado a colocar em xeque a integridade física de Rooney, que estava no banco por ter recuperado-se recentemente de uma lesão na coxa. O camisa 10 foi acionado na volta do intervalo e sua entrada mudou completamente o ritmo da partida.
O primeiro gol da reação do United saiu dos pés do atacante, que aos cinco minutos cruzou da direita para Nani tocar de primeira. O Old Trafford acordou e rapidamente passou a justificar o apelido de "Teatro dos Sonhos". O problema é que a festa durou um mísero minuto. Bale, novamente livre, chutou, o goleiro espalmou para o meio da área, e Dempsey fez o terceiro para a equipe londrina.
Tristeza em Manchester? Negativo. Novamente em questão de um minuto, o United chegou ao seu segundo gol. Van Persie, que ganhou mais liberdade com a entrada de Rooney, deu um ótimo passe por trás da defesa para Kagawa, que girou o corpo com maestria e deixou sua marca. Depois do período de fortes emoções, quase todos puderam voltar a relaxar. Menos Rooney.
O camisa 10 seguiu implacavelmente em busca do gol de empate e por muito pouco não conseguiu. Aos 16 minutos, o atacante cobrou falta e acertou a trave. Quatro minutos depois, diante de três marcadores, chutou perto do poste esquerdo do gol do Tottenham. Mas não houve jeito. Fim de jogo e festa dos Spurs no Old Trafford, 23 anos depois.
0 comentários:
Postar um comentário