Não por acaso, Jadson e Ronaldinho Gaúcho usam o número eternizado por Pelé e característico dos jogadores mais talentosos de um time. A partir desta quinta-feira, às 20h15m, no Morumbi, passa pelos pés deles o futuro de São Paulo e Atlético-MG na Libertadores. Depois de campanhas bem diferentes na primeira fase, o Tricolor aposta em seu histórico na competição e na reação na reta final diante de um Galo até agora arrasador.
Mais do que liderar seus times, os meio-campistas lutam também por espaço na seleção brasileira que disputará a Copa das Confederações no mês que vem. Ronaldinho é nome praticamente certo na lista de Felipão, enquanto Jadson precisa de boas atuações em um confronto de peso como este para convencer o treinador de que pode fazer parte do grupo.
Para isso, o jogador conta com a melhora do São Paulo. A vitória por 2 a 0 sobre o próprio Atlético-MG, na última rodada da fase de grupos, não só classificou o Tricolor como também afastou a crise que o rondava. Apesar de suas últimas cinco eliminações terem sido para brasileiros, o São Paulo se agarra ao retrospecto positivo de ter conquistado três títulos, além de chegar a outras três finais do torneio mais importante da América do Sul.
Dono da melhor campanha nos grupos, o Atlético-MG volta a levar o torneio a sério para seguir no caminho do título inédito. Depois de cinco vitórias seguidas, foi batido pelos paulistas no jogo em que Ronaldinho deu a polêmica declaração de que se tratava de um “treino” para as oitavas. A frase irritou os são-paulinos e fez crescer a rivalidade entre as equipes. A expectativa em Belo Horizonte é enorme para que o Galo consiga, enfim, o primeiro título na Libertadores.
A Conmebol designou um trio de arbitragem paraguaio para a partida. Antônio Arias apita, tendo Carlos Cáceres e Darío Gaona como assistentes.
São Paulo: o técnico Ney Franco faz mistério para divulgar a escalação, mas o São Paulo terá apenas uma mudança em relação ao time que derrotou o Penapolense, no domingo. Luis Fabiano cumpre a última partida da suspensão imposta pela Conmebol e dá lugar a Aloísio novamente. Jadson, que estava suspenso no último jogo da fase de grupos, volta na vaga de Douglas. A formação é a seguinte: Rogério Ceni, Paulo Miranda, Lúcio, Rafael Toloi e Carleto; Wellington, Denilson, Jadson e Ganso; Osvaldo e Aloísio.
Atlético-MG: Cuca tem apenas um titular fora da partida: o zagueiro Leonardo Silva. Contra o próprio São Paulo, na fase de grupos, ele recebeu o terceiro amarelo e desfalca a equipe. Em seu lugar entra Gilberto Silva. O Galo vai a campo com Victor; Marcos Rocha, Gilberto Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Bernard; Jô.
São Paulo: Luis Fabiano, suspenso, e Fabrício, com uma torção no tornozelo direito, não atuam.
Atlético-MG: Leonardo Silva está suspenso. Além dele, Serginho nem viajou com o grupo por causa de problemas musculares.
São Paulo: sem o Fabuloso em campo, cabe a Jadson a missão de levar o Tricolor à vitória e aproximá-lo da classificação às quartas de final. Além de ser fundamental na criação das jogadas, ele é o vice-artilheiro da equipe na temporada, com oito gols, quatro abaixo do camisa 9.
Atlético-MG: Bernard desfalcou o time por quase um mês e retornou no último sábado, em jogo válido pela semifinal do Campeonato Mineiro. O meia-atacante teve atuação discreta, reconheceu que ainda tinha receio por causa do problema no ombro, mas garante que vai manter o estilo driblador diante do São Paulo.
Ney Franco, técnico do São Paulo: “Estávamos quase eliminados e agora temos mais uma chance de chegar à final. Não queremos perder essa chance. Temos um caminho difícil pela frente contra um time que tem os melhores números da competição”.
Ney Franco, técnico do São Paulo: “Estávamos quase eliminados e agora temos mais uma chance de chegar à final. Não queremos perder essa chance. Temos um caminho difícil pela frente contra um time que tem os melhores números da competição”.
Cuca, técnico do Atlético-MG: “São dois jogos decisivos, começa aqui e termina lá (em Belo Horizonte). Vimos situações no futebol mundial, na Champions (League) que o primeiro jogo definiu. No Estadual, o Goiás inverteu o mando e acabou dando errado, então você tira isso como exemplo. Pode ser que a definição saia aqui, se fizer quatro ou tomar quatro, mas sabemos que São Paulo e Atlético-MG se equivalem e vai ser um jogo muito equilibrado”.
* Terminar a primeira fase com a melhor campanha garante a vantagem de decidir em casa até o fim da Libertadores, mas não significa título. De 2005 para cá, nenhuma equipe que teve a melhor campanha na fase de grupos foi campeã. Quem mais se aproximou disso foi o Fluminense, em 2008, derrotado na decisão pelo LDU, do Equador.
* São Paulo e Atlético-MG têm histórias muito diferentes na Taça Libertadores. O Tricolor paulista é tricampeão e recordista brasileiro de participações (16 vezes). Já o Galo disputa a Libertadores depois de 13 anos de ausência e participa apenas pela quinta vez desta competição internacional.
* Atlético-MG e São Paulo já se enfrentaram seis vezes dentro da Taça Libertadores, e o time paulista venceu apenas uma vez. Os mineiros contabilizam dois triunfos, além de três empates.
* Apesar de ter sido eliminado por adversários brasileiros em suas últimas cinco Libertadores, o São Paulo leva vantagem nos duelos contra equipes brasileiras na competição. O Tricolor disputou 38 jogos contra times brasileiros, obtendo 16 vitórias, 12 empates e dez derrotas, marcando 51 gols e sofrendo 39.
* O Atlético-MG tem o seguinte retrospecto enfrentando outros times brasileiros em Libertadores: 13 jogos, três vitórias, sete empates e três derrotas.
* Ao longo de toda a história, São Paulo e Atlético-MG já se enfrentaram 39 vezes em São Paulo, com pequena vantagem do Tricolor paulista. O São Paulo venceu 15 vezes, contra 12 vitórias atleticanas e 12 empates, 61 gols marcados pelo São Paulo e 46 pelo Galo.
Tricolor e Galo tiveram um duelo recente pela Libertadores. No dia 17 de abril de 2013, o São Paulo bateu o Atlético-MG por 2 a 0, no Morumbi, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Rogério Ceni, de pênalti, e Ademilson fizeram os gols. Aliado à derrota do Strongest para o Arsenal, na Argentina, o triunfo levou os paulistas ao mata-mata. Os mineiros, mesmo perdendo, terminaram com a melhor campanha da fase de grupos.
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