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'Lepo-Lepo' tricolor: em 45 minutos, Bahia marca dois e vence o Ba-VI

O carnaval em Salvador acabou na Quarta-feira de Cinzas, mas não para a imensa torcida do Bahia. Neste domingo na Fonte Nova, os tricolores fizeram um folia digna de momo em campo e fora dele. Quase 30 mil torcedores cantaram o 'Lepo-Lepo' para embalar a Vitória do Bahiapor 2 a 0 diante do maior rival, o Vitória. Os gols do clássico foram marcados por Rhayner e Lincoln, ainda no primeiro tempo. Com falhas defensivas e uma pontaria equivocada, o Vitória saiu de campo com a sua primeira derrota no Campeonato Baiano.
O Bahia fez um primeiro tempo irretocável e antes dos 25 minutos já vencia por 2 a 0. Foi o Bahia de Marquinhos Santos, do ex-rubro-negro Uelliton, que vibrava a cada desarme. O Bahia do seguro Demerson, do inspirado Talisca, mas acima de tudo, o Bahia da torcida, que cantou desde ante do apito inicial e devolveu a Fonte Nova ao circuito tricolor do carnaval baiano. Um Bahia que contrastou com um Vitória apático, representado na atuação fraca do estreante Hugo.
Com o triunfo, o Bahia, que já havia garantido a liderança do Grupo 3 por antecipação, chegou a 17 pontos no geral e vai às semifinais com chances de ultrapassar o Vitória,que tem 19, e, em caso de Ba-Vi na decisão, jogar por dois resultados iguais. Para isso, o Bahia terá que somar dois triunfos diante do Serrano, adversário da próxima fase, e torcer por pelo menos um tropeço do Vitória contra o Conquista, caso o clássico se repita na decisão.
As semifinais do Baianão começam nesta quarta-feira. A dupla Ba-Vi joga fora de casa. O Bahia vai até Teixeira de Freiras enfrentar Serrano. Já o Vitória enfrenta o Vitória da Conquista, na cidade de mesmo nome do rival. Nesta segunda-feira, a Federação Bahiana de Futebol deve confirmar o horário das partidas
Bahia frio, calculista e mortal

As duas equipes entraram em campo iguais e por uma causa justa: a luta contra o racismo. Bahia e Vitória vestiram uma camisa amarela com a mensagem citando todas as cores dos dois clubes e a inscrição #somostodasascores. No entanto, no papel, Bahia e Vitória entraram bem diferentes. Enquanto, Marquinhos Santos preferiu reforçar o meio campo e sacar o centroavante do time para atuar com o meia Talisca mais adiantado, Ney Franco decidiu se lançar ao ataque e escalou o com três atacantes: Dinei, Marquinhos e Alan Pinheiro. Com bola rolando, o Bahia foi quem se mostrou mais ofensivo nos primeiros minutos, e após uma confusão na área, Rhayner marcou o primeiro aos 11 minutos para festa da torcida tricolor, maioria no estádio.

O Vitória acusou o gol e quando tentava reagir sofreu um novo revés. Pittoni deu um ótimo passe para Diego Macedo, que foi na linha de fundo e cruzou para Lincoln encher o pé para marcar o segundo do Bahia aos 24 minutos. Mortal e calculista, o Bahia mostrava em campo uma postura convincente e vibrante. Atrás no placar, o Vitória passou a buscar opções de chegar ao gol e encontrou no lado esquerdo de ataque uma boa opção, sempre aproveitando a velocidade de Marquinhos e Alan Pinheiro, este último responsável pela melhor chance do Vitória na etapa inicial, em um chute que passou perto do gol de Lomba. Já o Bahia se segurava com uma boa postura defensiva, com destaque para o zagueiro Demerson, que apesar de uma falha, se recuperou e mostrou segurança. O Rubro-Negro ainda teve mais uma boa chance antes do apito final, mas o goleiro do Bahia mostrou serviço e segurou o placar para o intervalo.
Pouco futebol e show das torcidas

O Bahia voltou com o mesmo espírito da etapa inicial, mas sem o mesmo calibre. Logo no começo da segundo tempo, após um erro de Marcelo saída de bola do Vitória, Rhayner puxou o contragolpe e deixou Talisca na cara do gol, ele ganhou da marcação de Rodrigo Defendi, mas parou numa grande defesa de Wilson. Com o placar em vantagem, o Bahia diminuiu o ritmo enquanto assistia ao Vitória bater cabeça. O estreante Hugo não parecia em sintonia com os demais comandados de Ney Franco. 
Sem José Welison, que saiu machucado, ainda no primeiro tempo, o treinador do Vitória tratou de mexer no time para tentar uma reação. Ney Franco sacou Marcelo, que havia substituído Welison, e colocou Nino. Com a troca, Ayrton foi deslocado para o meio. A partida seguia em ritmo morno, quando as torcidas decidiram fazer da Fonte Nova uma casa de espetáculo. Maioria entre os 28.748 presentes no estádio, já que o Bahia foi o mandante, os tricolores cantaram o hino tricolor e provocaram o rival com a música que foi sucesso na carnaval da Bahia em 2014, o Lepo-Lepo. Os rubro-negros não ficaram para trás e também cantaram em apoio a seu time, que não respondeu em campo. No final, a festa nas arquibancadas ficou mesmo no lado tricolor.



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